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sábado, 25 de setembro de 2010

Indicadores

RECURSOS NATURAIS
Clima
O município de Barra do Choça faz parte da região de clima Tropical Subúmido, representando uma área de transição entre o clima Úmido, localizado à leste, e o clima Semi-árido, localizado a oeste. Com base em uma seqüência temporal de 40 anos, o BRASIL (1981) encontrou os seguintes valores relacionados ao clima Tropical Subúmido:

• 68,6 % dos meses com precipitações pluviométricas inferiores a 60 mm;
• 24,8 % dos meses com precipitações entre 60 e 180 mm;
• e 6,6 % dos meses com precipitações entre 180 e 420 mm.

O período de maior intensidade pluviométrica vai de novembro a abril, enquanto que os meses seguintes aparecem como os mais secos, todos com valores inferiores a 60 mm. Os totais médios anuais estão em torno de 900 a 1.200 mm, garantindo, dessa forma, a perenidade dos rios da região.

As porções sul e leste do município de Barra do Choça são beneficiadas por sua localização no lado oriental do Planalto de Vitória da Conquista. Isto porque este planalto funciona como uma grande barreira orográfica aos fluxos úmidos provenientes do litoral e as áreas localizadas a barlavento obrigam as massas de ar a subir e, com o aumento da altitude ocorre a diminuição da temperatura e a conseqüente condensação do vapor d’água que se traduz em chuvas orográficas.


Vegetação

Considerando o mapa de Cobertura Vegetal do município de Barra do Choça, confeccionado com base no Mapa de Cobertura Vegetal da Folha SD.24 Salvador (Ibidem), verifica-se que a área era recoberta originalmente por três tipos de vegetação: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual.
A região da Floresta Ombrófila Densa corresponde a uma pequena porção do município localizada nos terrenos geológicos do Complexo Caraíba-Paramirim, notadamente na divisa com o município de Caatiba e de Itambé. A explicação para a existência desse tipo de formação arbórea na área se deve as altitudes razoáveis do Piemonte Oriental do Planalto de Vitória da Conquista, que contribuem para o aumento dos índices pluviométricos em razão das chuvas orográficas. Atualmente, o uso dessas terras é destinado para agricultura e pastagem, de forma que os poucos remanescentes da cobertura original existentes são mal conservados e localizados em topos de morros e algumas nascentes de rios.
A região da Floresta Estacional Semidecidual distribui-se por uma faixa orientada no sentido sudoeste/nordeste do município formando uma área de transição entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Estacional Decidual localizada em terrenos do Complexo Caraíba-Paramirim. Normalmente, a percentagem das árvores caducifólias no conjunto da floresta fica em torno de 20 a 50% e sua existência está diretamente ligada a ocorrência de estação seca não muito pronunciada. Atualmente, o uso dessas terras é destinado para agropecuária e pastagem.
A região da Floresta Estacional Decidual ocupa a maior parte do município, notadamente o quadrante centro-norte onde se localizam os terrenos geológicos conhecidos como Coberturas Detríticas do Terciário Quaternário. Nessas áreas o período seco é maior e o percentual de decidualidade foliar dos indivíduos dominantes passa a ser de 50% ou mais na época desfavorável, o que indica uma maior durabilidade do período seco. O uso atual dessas terras engloba Vegetação Secundária com Palmeira, Agricultura com Cultura Permanente e Agropecuária e Pastagem.
Verifica-se que nenhuma das formações florísticas originais teve a sua continuidade temporal e espacial assegurada, sendo gradativamente substituída pelas atividades antrópicas relacionadas à agricultura e à pecuária, trazendo prejuízos inestimáveis para a flora e para a fauna e os remanescentes florestais existentes são fragmentados e incapazes de refletir a riqueza primitiva.
Os rios existentes em Barra do Choça fazem parte da margem direita do médio Rio Pardo e, em função das características do relevo, suas águas correm para duas bacias de captação distintas. Na porção centro-norte do território barrachocense os afluentes despejam suas águas no rio Catolé que, seguindo uma orientação sudeste desemboca no rio Pardo, nas imediações de Itapetinga. Na porção meridional do município, os rios seguem a orientação sul até desembocarem no rio Verruga, outro afluente do rio Pardo, nas proximidades de Itambé.
Em relação aos indicadores socioeconômicos, após a implantação da lavoura cafeeira em Barra do Choça, em 1973, o município atingiu um considerável crescimento, graças à ampla soma de recursos aqui investidos. Um aspecto, no entanto, não correspondia na mesma proporção à geração de riquezas: os indicadores sociais. É que a lavoura cafeeira, embora empregue farta mão-de-obra durante o período de colheita, não apresenta o mesmo retorno econômico para as famílias dos trabalhadores. Assim, o grau de pobreza e de dificuldades econômicas de parte da população local se agravava à medida que as crises da cafeicultura se sucediam. No início da década de 90, por exemplo, os indicadores sociais do município estavam desfavoráveis. Quem nascesse em Barra do Choça naquele momento, possuía uma esperança de vida em torno de 60 anos, enquanto a mortalidade infantil chegava ao número assustador de quase 68 crianças mortas, entre mil nascidas vivas, antes de completar um ano.

CAPITAL

Aparelho Produtivo
O aparelho produtivo predominante na Barra do Choça é o setor primário, basicamente a cafeicultura.

Tipos de Bens que produz ; Máquinas, veículos e equipamentos; Instações Industriais

Sua economia é centrada na lavoura cafeeira, que responde a 83% da atividade econômica do município e da ocupação da mão-de-obra. Antes da implantação da cultura cafeeira, as atividades econômicas eram a pecuária extensiva e a agricultura de feijão, milho e mandioca que atendia às necessidades da população e o excedente era comercializado nas localidades próximas. Em 1997 foi criada a Secretaria Municipal de Agricultura e Expansão Econômica (SMA), responsável pela implementação de ações voltadas para o desenvolvimento de novas atividades produtivas, diversificando a economia local, fixando o homem no campo e gerando emprego e renda.
A principal tarefa da SMA passou a ser a busca de parcerias e a execução de projetos que permitissem o desenvolvimento das pequenas propriedades rurais. Através da articulação com os governos Estadual e Federal, fortes parcerias foram firmadas, apresentando, como resultado, a instalação do Posto Avançado da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). A partir daí, a EBDA passou a prestar assistência técnica e elaborar projetos para financiamento, visando o revigoramento das lavouras existentes e plantio de novas áreas. Através do Banco do Nordeste, uma instituição federal, os agricultores passaram a ter acesso ao crédito para modernização e ampliação da agropecuária.
A partir destas e de outras ações, houve uma redução no êxodo rural, com inversão do ciclo migratório. Em Barra do Choça, entre os anos de 1991 e 2000, houve um aumento da população rural em 7,37%. Diante das dificuldades vivenciadas pelo município na monocultura cafeeira (falta de investimentos, queda de preços, na produção, na qualidade), houve um processo de diversificação na produção agrícola. Diversificação esta que contribui de forma direta, para fixação do homem no campo e geração de emprego e renda, configurando um novo perfil econômico do município. As principais atividades econômicas do município, além da cafeicultura, são:
Culturas anuais: feijão e milho 4.000 hectares.
Fruticultura: banana 1.500 hectares.
Bovinocultura leiteira: 11.000 cabeças; usina coletiva com capacidade para o processamento de 5.000 litros de leite por dia.
Apicultura: 50 toneladas de mel por ano, com 2.000 colméias.
Floricultura: Associação de produtores (Barra Flora com 60 associados), com área cultivada de 15.000 metros quadrados (10.000m² de estufa e 5.000m² ao ar livre).
Agroindústria: atualmente existem em Barra do Choça: 01 usina de leite, 01 fábrica de iogurte, 01 fábrica de pimenta, 01 associação de torrefadores de café e uma fábrica de refrigerantes.
A partir de 1997 um grande número de associações vem sendo criado em Barra do Choça, gerando desenvolvimento econômico e melhorando as condições de vida da população. Atualmente já são mais de 26 associações, das quais 20 são de produtores rurais, congregando cerca de 1.000 famílias. O município é hoje uma referência no estado em relação ao associativismo.
Com relação aos aspectos comerciais, de acordo com o SEBRAE (1997), o município de Barra do Choça foram cadastradas 435 unidades, das quais 41 são do setor industrial, 122 empresas do setor comercial, cabendo ao setor de prestação de serviços a hegemonia na comunidade empresarial, com 272 unidades.
No setor industrial, deve-se destacar a presença de unidades empresariais nos seguintes segmentos: produtos alimentícios (17), olaria (13) e carpintaria/marcenaria (07).
No comércio, os ramos de açougue (17), cereais (13), materiais de construção/tintas (07), mercearia/supermercado (44), materiais elétrico-eletrônicos (07), respondem por 72,1 % das unidades do setor. Na prestação de serviços, ressalta-se a importância dos ramos de bar e lanchonete (196), oficina de bicicletas (13), salão de beleza (25), que representam 86 % do conjunto empresarial do setor. O dinamismo de sua economia, aliado aos investimentos públicos nos diversos setores do município, contribuiu para que Barra do Choça alcançasse mudanças significativas no seu desenvolvimento socioeconômico. Isso permitiu à Barra do Choça receber no ano de 2003, segundo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o título de município com melhor distribuição de renda do país, tendo a educação como fator decisivo nessa transformação.
No entanto, apesar dos avanços alcançados até o momento, ainda se encontra no município uma realidade socioeconômica bastaste desfavorável para uma parcela considerável da sua população. Isso se verifica, a partir de análises sobre a atividade cafeeira que gera trabalho em apenas cinco meses por ano (período de colheita). Durante a entressafra, ocorre a redução drástica na oferta de trabalho, levando a um aumento nos índices de miserabilidade junto a essa população. Isso tem exigido da Administração Municipal a busca permanente por alternativas que possam minimizar as demandas sociais do município, principalmente em relação ao trabalho e à habitação.
O município foi criado com território desmembrado de Vitória da Conquista, pela Lei Estadual nº. 1.694, de 22 de junho de 1962 e instalado em 7 de abril de 1963. É o município do Brasil com o menor coeficiente de Gini, calculado em 0,36 pelo PNUD (200), o que é equivalente ao índice de países como Itália e Reino Unido.

Condições das vias



 
Agências Bancárias
Instituições Financeiras em 2009*

Número de Agências: 02 agências
Operações de Crédito: 5.4641 mil reais
Depósitos a Vista (governo): 1.144 mil reais
Depósitos a Vista (privado): 2.320 mil reais
Poupança: 6.688 mil reais
Depósito a prazo: 742 mil reais
Obrigações por rendimento: 2 mil reais

 * Banco Central do Brasil, Registros Administrativos 2009. NOTA 1: Atribui-se a expressão dado não informado às variáveis onde os valores dos municípios não foram informados. NOTA 2: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável.
           
Correios
 

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